FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR
A comunicação é fundamental nas diversas fases da vida, desde o início desta até a terceira idade. Por meio dela, somos capazes de criar vínculos com as pessoas, de expressar nossos sentimentos e nossas emoções. É ainda por meio dela que aprendemos, ensinamos, partilhamos nossos conhecimentos e exercemos nossas aptidões. Para que possamos nos comunicar, utilizamos a linguagem, os órgãos da fala, a escrita, a voz e a audição. A Fonoaudiologia é a profissão responsável por atender a todos esses aspectos. Previne, avalia e trata as dificuldades de expressão e de audição e aperfeiçoa a comunicação em função de necessidades pessoais ou profissionais.
Dessa forma, o fonoaudiólogo é um profissional da área da saúde e da educação, responsável por promover pesquisa, prevenir e realizar terapia fonoaudiológica nas áreas de comunicação oral e escrita, de voz e de audição, bem como o aperfeiçoamento dos padrões da fala e da voz. Atua em clínicas, em hospitais, em creches, em escolas, entre outros locais.
Em relação às escolas, o fonoaudiólogo pode exercer sua profissão na educação infantil, no ensino fundamental, no médio, no especial e no superior. No entanto, a atuação desse profissional nas escolas é diferente da atuação clínica. Na clínica, o objetivo do fonoaudiólogo é realizar tratamento; na escola, não! Então, qual seria o papel do fonoaudiólogo nas escolas? Nestas, o fonoaudiólogo deve “Desenvolver ações em parceria com os educadores que contribuam para a promoção, para o aprimoramento e para a prevenção de alterações dos aspectos relacionados à audição, à linguagem (oral e escrita), à motricidade orofacial e à voz que favoreçam e otimizem o processo de ensino e de aprendizagem.” Resolução CFFa n° 309, de 01 de abril de 2005. A APAE de Viamão conta, atualmente, com quatro estagiárias de Fonoaudiologia que estão procurando atender justamente a esses objetivos, supervisionadas pela fonoaudióloga Ana Margareth.
O trabalho da Fonoaudiologia, na escola, com os alunos, pretenderá otimizar o desenvolvimento da linguagem oral, da leitura e da escrita; promover estratégias de prevenção, de preservação e de controle de abusos e de riscos para a voz e para a audição; estimular a eliminação de hábitos inadequados relacionados às alterações fonoaudiológicas e detectar precocemente alterações fonoaudiológicas relacionadas à audição, à voz, à motricidade orofacial e à linguagem oral e à escrita.
Com os professores, o trabalho proposto é o de orientar quanto aos cuidados com a voz; ensinar estratégias vocais para a conservação e para a maximização da voz, durante o uso profissional; promover informações quanto às alterações fonoaudiológicas, como desenvolvimento normal da linguagem oral, da leitura e da escrita, e como estes podem ser otimizados em sala de aula, e capacitar o profissional para detecção de possíveis alterações fonoaudiológicas que seus alunos venham a apresentar.
Com os pais, tem-se o objetivo de realizar orientações sobre as alterações fonoaudiológicas comuns na infância e sobre a importância do estímulo familiar para otimização do desenvolvimento da criança.
Para que sejam atendidos todos esses objetivos, as estagiárias de Fonoaudiologia irão acompanhar as aulas, observando alunos e professores, elaborar atividades para integração/estimulação dos alunos, assim como desenvolver uma oficina de voz para os professores com a finalidade de orientar quanto aos hábitos vocais adequados. Ainda será realizada uma Feira de Saúde em que, entre outras áreas da saúde, as estagiárias esclarecerão dúvidas e abordarão todos os temas referentes à Fonoaudiologia — Voz, Audição, Linguagem, Motricidade Orofacial, Amamentação, Disfagia e Fonoaudiologia Escolar.
